
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
O que é o Comercio Justo: Consumo responsável

As notícias que nos chegam de todos os cantos do mundo fazem-nos lembrar que vivemos numa confortável sociedade de consumo e que nos esquecemo de ler as letras miudinhas que vinham no testamento social e ambiental das últimas gerações. O desrespeito pelos direitos humanos acompanham o crescimento de alguns países do mundo; hecatombes humanitárias e políticas grassam noutros pontos do planeta; as consequências do efeito de estufa são já visíveis, tanto no ar que se respira nas cidades como nos glaciares que desaparecem.
Cada vez mais tomamos consciência de que o nosso habitat natural, onde todos vivemos dependentes uns dos outros e do equilíbrio com a natureza, não aguenta muitos mais anos de utilização intensiva como a que se fomentou no século XX. A grande questão agora é saber como inverter a situação, como satisfazer as necessidades e aspirações de hoje sem comprometer as necessidades das gerações vindouras?
Os problemas estão já bem identificados: pobreza extrema, fomes, epidemias, graves assimetrias Norte/Sul, profunda desigualdade de género, exploração desenfreada dos recursos naturais, biodiversidade em perigo, aumentos dos resíduos e poluentes, aumento do consumo energético.
É neste cenário que nasce a ideia de responsabilidade dos consumidores e se apela para uma urgente mudança de comportamentos. Porque mais do que sensibilizar e informar, é preciso aprendermos a mudar agora. É necessário intervir no âmbito da educação, formar activamente as novas gerações, mudar os comportamentos de forma radical . A ONU já alertou para a a necessidades de alterarmos os nossos padrões de consumo - ou deixaremos uma pesada herança para a próxima geração.
Esta responsabilidade é tanto dos consumidores individuais como dos colectivos, as instituições e as empresas. Os consumidores não podem transferir para os outros as consequências do seu consumo na vida dos trabalhadores, no futuro das novas gerações ou na natureza. Nem a responsabilidade social das empresas pode ser um conceito vazio de acção social, fortemente instrumentalizado pelos gabinetes de marketing - que deixa ter em conta somente o lucro e os interesses dos accionistas, para ter em conta o Bem Comum dos trabalhadores, das comunidades, do ambiente onde se insere.
É que vivemos todos no mesmo planeta, já chegámos aos limites dos seus recursos e capacidade de regeneração e não podemos ficar indiferentes às desigualdades e injustiças sociais.
Por isso apelamos a um Consumo Responsável, que inclui a ideia de sustentabilidade social e ambiental alicerçada em critérios éticos. É preciso consumir diferente, ter mais e melhor informação sobre os produtos – os seus custos sociais e os seus impactos ambientais. É preciso pensar noutro modo de consumo e pô-lo em prática, todos os dias, em todas as áreas das nossas vidas, por todo o mundo. Optar por consumir menos e consumir melhor.
Queres participar nesta mudança? Então continua a ler a guia prática sobre o Consumo Responsável que podes encontrar no enlace que se presenta a continuação:
http://coresdoglobo.org/consumo_responsavel.pdf
As caras do Comercio Justo: El Ceibo (Bolivia)

O cacau e, junto ao café, um dos produtos com mais sucesso entre os consumidores. O que se calhar não e tão conhecido e que atrás de cada uma das tabuletas de chocolate do Comercio Justo se encontram milhes de pessoas que melhorarão a suas condições de vida graças a este comercio alternativo. Um dos produtos que se pode encontrar na nossa loja e o chocolate Mascao, produzido com cacau da cooperativa boliviana El Ceibo, uma organização matriz que trabalha com 38 pequenas cooperativas agropecuárias da zona do Alto Beni, cidade satélite de La Paz, a capital de Bolívia.
El Ceibo agrupa a 800 famílias de produtores de cacau que trabalham em 250.000 hectares de terreno distribuidas em diferentes vilas da zona.
A cooperativa nasceu em 1977 com o alvo de que os produtores de cacau se uniram para pôr ter a sua própria industria de produção, colheita, transformação e transporte de cacau, evitando assim a intervenção de intermediários locais que aproveitavam-se da sua debilidade económica.
A seguir presentamos alguns dos testemunhos das pessoas que trabalham em El Ceibo, que contam como a participação na cooperativa mudo as suas vidas.

(saiba mais em http://www.intermonoxfam.org/page.asp?id=2213)
* Pacifico Baltasar Canare trabalha na cooperativa Piaf a dar assistência técnica na produção de

(saiba mais em http://www.intermonoxfam.org/page.asp?id=2214)
* Amelia Ticona tem 24 anos e a três que trabalha como responsável do banco de sementes

(saiba mais em http://www.intermonoxfam.org/page.asp?id=2215)
Se queres conhecer melhor a sociedade El Ceibo entra na sua pagina web: http://www.elceibo.org
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